segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Minha viagem sobre relacionamento moderno


Homens entendem mulheres???? Mulheres entendem homens???? Em pleno século XXI, sexos opostos insistem em não se entender!

Antigamente, podia se prever um comportamento pelo histórico antropológico das diferenças entre os sexos. Homens racionais, provedores, o lado forte, o pilar de sustentação da família, responsáveis pela ordem, pelo dinheiro, envolvidos pelo trabalho e com capacidade poligâmica de se relacionar. Mulheres sentimentais, dependentes, sexo frágil, sustentadas, incapazes de viverem sós e monogâmicas por natureza. Sendo dessa forma, as relações eram duradouras, pois um entrava e supria a necessidade do outro e assim viviam “contos de fadas”, casamento até que a morte os separe, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, acreditando serem felizes pra sempre, mesmo não sendo muitas vezes verdadeiramente.

E hoje? Como ficam os relacionamentos?????

Hoje em dia, não podemos mais prever comportamentos, pois ambos sexos se transformaram de uma forma tão abrupta e intensa, que não se entendem mais. Será que algum dia se entenderam? É só uma pergunta!

Nós mulheres, não dependemos mais em nada. A vida nos mostra uma realidade pós contemporânea quase cruel se comparada a de outrora. Tivemos que batalhar pela igualdade, sendo que somos completamente diferentes. Para poder competir de igual pra igual num mundo onde a força física ainda é fundamental, tivemos que vencer e transpor muitos obstáculos. Enfim conseguimos. Somos independentes, livres, fazemos terapia, soltas de preconceitos, temos vida própria sem eles e essa vida ainda é muito boa. Se não quisermos, vivemos sozinhas muito bem e felizes. Como eles podem lidar com isso? E nós? Como lidamos?

Infelizmente, mesmo evoluídas ao extremo, queremos o mesmo “shape” de relação que as nossas mães tinham. Vejam bem, existem três pontos a serem abordados. Como os homens lidam com mulheres de hoje, como nós mulheres lidamos conosco mesmas em relação ao amor e como lidamos com eles. O que existe é uma grande contradição no nosso comportamento e talvez por isso os homens se confundem e acabam nos confundindo também.

Mesmo completamente diferentes de nossas antepassadas, queremos “relations” nos mesmos moldes, ou seja, queremos conhecer o príncipe encantado e viver feliz pra sempre. Num momento em que conto de fadas não nos engana mais, ficamos espertas e vemos tudo claramente, inclusive que príncipes não existem e mesmo assim vivemos frustradíssimas porque não os achamos. Quem assistiu temporadas da série americana Sex in the City se fascinou com um universo de solteiras com mais de 30 anos numa mega cidade como Nova York tendo experiências incríveis. Se libertando dos scripts que foram escritos por nós e para nós que falam que temos que casar, ter filhos e sermos felizes pra sempre com o mesmo companheiro. Me fascinei por muito tempo por essas quatro fantásticas até que assisti ao filme e me decepcionei barbaramente. Carrie, personagem âncora da série, que era colunista de uma revista, onde em sua coluna abordava assuntos sobre a liberdade e a independência feminina, no final do filme se casa com Big, homem casado, complicado, mal resolvido... etc... etc... etc... com quem teve um caso durante várias temporadas. Então, até um programa de TV criado pra ajudar a libertar mulheres dos velhos padrões, se rendeu ao velho e rançoso conto de fadas com final feliz vinculado a um “príncipe encantado”. Não que eu não acredite nestes finais felizes, mas poxa vida, um programa que tinha um objetivo “up”, foi completamente “down”. Finais felizes como este não existem pra todo mundo. O que eu quero é chamar a atenção para outros tipos de “finais” e não menos felizes. Por que o final feliz tem que ser com um grande casamento? Até porque na vida, nunca chega o final. Etapas se encerram e novos ciclos recomeçam. E hoje em dia, não cabem mais regras e moldes engessados de relação ou de felicidade.

Os homens se confudem com essa coisa toda. Pois pouquíssimos se tocaram de tamanhas mudanças. A maioria continua achando que vai encontrar aquela mulherzinha vulnerável, frágil, sensível e burra que éramos antes. Hoje somos ligadas, espertas, descoladas, sensíveis, vulneráveis, frágeis mas não somos mais burras, e pra nos apaixonarmos precisa muito mais que eles imaginam. Eles continuam achando que vamos cair naquela famosa conversinha de que somos especiais e que vamos nos apaixonar perdidamente. Uns tem isso por objetivo, outros querem só se divertir e por não entenderem mais a cabeça feminina se afastam por medo de magoar ou de ferir os sentimentos femininos. Acordem!!!!!! Não morremos mais por nos apaixonar! Enxergamos muito melhor que antes e não queremos mais cair em ciladas. Quando entramos numa história, entramos conscientes, talvez nos entregamos mais, nos apaixonamos mais e mais vezes. Isso não muda, é uma característica nossa, nos entregamos mesmo, mas e daí? Nem eu nem nenhuma amiga minha morreu por não ter tido um “final feliz” numa relação, muito pelo contrário, fomos, graças a Deus, forçadas a achar outros finais e talvez até mais felizes.

Homens! Entendam quando nos entregamos numa história, pura e verdadeiramente, mesmo “apaixonadinhas”, mesmo parecendo de uma forma ímpar, isso não quer dizer que vamos morrer ou matar vocês se não der certo. Temos uma capacidade regenerativa única e exemplar e que na minha opinião vocês deveriam aprender!!!! Deveriam aprender também que isso tudo não nos faz menos, nem mais fracas e sim mais intensas, mais verdadeiras e muito mais felizes!!!!!.
Gostaram?? Não?? Sim??? Não faz diferença! Hehehe!!!!`É Só pra pensar!!!!!!!!!!
Beijos
As gurias eu sei que vão gostar, já os guris...

5 comentários:

Unknown disse...

Essa viagem foi tudo de bom amiga. Parabéns pelo texto, sensacional!
Beijosssssssssss

Laurinha disse...

Adorei!!!! Concordo com tudo, mas não sei se sou tão moderna assim (apesar de querer ser!!)

Acredito que já evolui um pouco, porém, acho que não o suficiente! Ainda não aprendi a me bastar totalmente! Quero ter o meu amor do meu lado e ainda não sei se sei lidar com a perda.

Mas foi muito bom ler tudo isso e parar pra pensar em como aprender a ser mais eu, feliz e completa, independente de estar só ou acompanhada!

beijos com muita saudade ....

ॐAderlei ॐFerreira disse...

Salve, salve Letícia(s)!
Recebi um anuncio, achei um blog e já, de caa, um texto com janelas de possibilidades infinitas e um pensar aguçado.
Algo fluente, gostoso de ler e super, super.
Diferentemente do que diz no fechamento, penso que somente homens que não lerem(-se), refletirem(-se) e desperirem-se para ler, que não gostaram do que foi exposto.
A vaigem é planadora, o sabor do vento é explorado e a visão apresentada.
Eu?! Levanto e grito Bravos!!! Bravos!!! Bravos!!!

E parabenizo a autora.

Abração grandão!

Aderlei Ferreira (agora seu seguidor, pois não perderei a oportunidade de aprender contigo)
www.aderlei.blogspot.com

Unknown disse...

Amiga algumas pessoas nascem com o dom da escrita, mas poucas conseguem transcrever a alma...ainda mais de uma forma assim: limpa, despida, cristalina. Tu realmente consegues materializar o sentimento em letrinhas. Tua sensibilidade me inspira. E as bobocas ainda perdem tempo lendo Martha Medeiros (acho que já disse isso...hahaha). Te adoro. Bjokas.

Luciana Candia disse...

A-do-rei!!! O que nos faz pessoas mais felizes é a capacidade de sermos verdadeiras em nossas relações, atitudes, sentimentos e crenças e aí o resto do mundo que conviva com isso.
Parabéns!!!!!
Bjs