domingo, 18 de outubro de 2009

Aprender a confiar!!!!

Aprender a confiar


Em inúmeras situações da vida, nos sentimos perdidos como um náufrago em alto mar, sem qualquer referência que nos aponte uma saída segura. Nestes momentos, a única bússola na qual podemos confiar é nossa própria percepção, o guia primordial capaz de nos conduzir ao caminho mais acertado.Ocorre que, para a maioria das pessoas, confiar na percepção interior é algo quase impossível, pois isto as faz sentirem-se malucas ou, no mínimo, excêntricas. Para muitos de nós a racionalidade ainda é considerada a única fonte segura para a tomada de decisões. Confiar na sabedoria da existência e entregar-se aos seus desígnios sem qualquer hesitação é um aprendizado lento, que exige uma boa dose de paciência e o controle do medo e da ansiedade, pois ambos nos levam a desejar desesperadamente uma solução imediata de nossos problemas.Outro momento em que nossa intuição é colocada à prova, é quando nos guiamos por ela e nossas ações são contestadas pelos outros, que nos julgam e criticam de acordo com seus próprios valores.Se não tivermos uma confiança absoluta naquilo que nos dita nossa voz interior, certamente nos deixaremos arrastar pelo corrente dissonante, e acabaremos por agir de acordo com as idéias alheias, em vez de seguir nosso coração.Como somente ele pode saber do que realmente precisamos, o resultado desta negação é, na maioria das vezes, o arrependimento e a culpa por termos confiado mais nos outros do que em nós.Não importa quantos enganos tenhamos cometido, sempre é tempo de recuperarmos a fé na vida e cultivarmos a certeza de que ela sempre nos direcionará para o que nos traz crescimento e evolução interior."Confiança: a nossa conexão com a Existência ....A confiança é a conexão entre você e a existência. Confiança é a mais pura forma de amor, e uma vez que a confiança seja perdida, o amor também se torna impossível.Jesus não estava seguindo alguém. Ele não estava imitando alguém...Ele não permitiu que a multidão o reduzisse a uma personalidade falsa. Ele permaneceu um indivíduo.Ele arriscou sua vida, mas não se comprometeu com a sociedade. Era melhor morrer na cruz do que ser um hipócrita. Pelo menos na cruz ele era verdadeiro, autêntico - era ele mesmo.....Ele poderia ter salvo a sua vida, mas na verdade, isso teria sido a sua crucificação. Ele aceitou ser crucificado - isso era salvar a sua vida - sem medo, confiando na existência, sem qualquer raiva para com a multidão.Mesmo em seu último momento na cruz, ele estava pedindo pela multidão: 'Pai, perdoe-os. Eles não sabem o que estão fazendo. Eles são inconscientes. Nada se pode esperar de pessoas inconscientes'.Ele tinha apenas trinta e três anos de idade; uma longa vida estava à sua frente. Mas essa é a beleza do homem, ele ter sacrificado essa longa vida que teria sido sem sentido, falsa, enganosa, por algo real, autêntico - sem qualquer lamento, sem qualquer rancor contra quem quer que seja.....Todo mundo foi desviado, foi descarrilhado de seu caminho natural. E foi colocado numa direção que nada significa para si.É por isso que sempre existe ansiedade, angústia e uma profunda tristeza. Essa tristeza é existencial; a menos que você possa ser o que lhe é natural, a primavera nunca chegará até você, as flores nunca desabrocharão em seu ser, o amor nunca crescerá.Você nunca conhecerá a glória da vida e o esplendor da consciência. ...Esse é todo o meu trabalho aqui - simplesmente descascar as cebolas. Descascar até o ponto onde nada permaneça - apenas a amplitude e o silêncio.Porque uma cebola nada mais é que camadas e camadas e camadas, e quando a camada final é retirada, suas mãos ficam vazias.Em tais mãos vazias desce toda a glória, todo o reino de Deus. Você não tem que ficar parado no caminho, você tem que ceder o lugar de modo que Deus possa entrar.....Sim, existe dor porque todas essas crenças, pensamentos e filosofias tornaram-se parte de você, e numa tal dimensão que não é como tirar as suas roupas - é algo como tirar a sua própria pele. É doloroso. Mas essa dor vale a pena. Ela é quase a dor de uma cirurgia, para remover o câncer de sua alma. E uma vez que você tenha passado pela dor, o medo se acaba, a ambição se acaba.....toda ambição existe a partir do medo. Toda ambição existe a partir de um complexo de inferioridade, porque você tem medo de ser você mesmo. Você quer ser alguma outra pessoa - um presidente do país, um primeiro-ministro, o homem mais rico... e as pessoas encontram diferentes alternativas, pois tantas pessoas não podem ser o presidente, não podem ser o mais rico, não podem ser o primeiro-ministro. ....O homem está em busca de ser alguém.Ele não consegue se permitir simplesmente ser ele mesmo.Simplesmente ser ele mesmo significa ser ninguém.....As pessoas querem ser alguém. Mas é devido ao medo. O medo é de que ninguém o conheça; de que não faça qualquer diferença para o mundo se você existir ou não. Ninguém se lembrará se você esteve aqui ou não. As pessoas não estão interessadas em viver, mas em serem lembradas. Qual a utilidade de ser lembrado quando você já estiver morto?E certamente não existe fim, porque não existe começo algum. A Existência sempre esteve aqui, ela está aqui, ela sempre estará aqui, e nós somos parte dela. As formas podem mudar, mas a realidade essencial permanece a mesma. .....O único problema para alcançar novamente a sua infância é que tudo aquilo que, devido à confiança e ao medo, você aceitou da família, da sociedade, da igreja, da escola - terá que ser abandonado.Isto precisa de coragem. Mas o que você abandonar não tem significado e o que você vai ganhar é imenso em sua verdade, em sua beleza, em sua alegria. E isto vale a pena, abandonar tudo e tornar-se uma criança inocente novamente. .....Naturalmente, a segunda infância tem uma grande diferença da primeira. A primeira infância era ignorante e a segunda é inocente. O ponto de demarcação é muito difícil, mas uma vez compreendido, é simples. A criança ignorante parece inocente, mas logo ela perderá a sua ignorância. Ela terá que se tornar instruída. Na medida em que ela cresce, ela terá que alcançar todos os tipos de conhecimentos, simplesmente para sobreviver na sociedade.A segunda infância chega depois que já você tiver conhecido tudo e souber da futilidade de todos esses conhecimentos e os tiver abandonado. Isso não é ignorância - é apenas um tipo de consciência totalmente diferente. Isso é consciência.Você não cairá novamente na armadilha de ser bem informado. A primeira infância era somente negativa, a segunda é alguma coisa positiva. Ignorância significa ausência de conhecimento.Inocência significa a presença do deslumbramento".

OSHO - The Hidden Splendor

Profundo né? Mas feliz de quem entender, gostar e aproveitar!!!!!!

Beijos e uma semana de ausência total de conhecimentos!!!!!

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